quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ensino de Ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamemtal

Leonir Lorenzett


AS RAZÕES PARA ENSINAR CIÊNCIAS

Muito se tem discutido e escrito sobre a importância do ensino de Ciências Naturais em todos os níveis de escolaridade. A importância do ensino de Ciências é reconhecida por pesquisadores da área em todo o mundo, havendo uma concordância relativa à inclusão de temas relacionados à Ciência e à Tecnologia nas Séries Iniciais. Apesar da convergência de opiniões e de sua incorporação pelas propostas curriculares e planejamentos escolares, ainda hoje em dia a criança sai da escola com conhecimentos científicos insuficientes para compreender o mundo que a cerca.
Diante de tal fato, podem ser formuladas questões como: Qual é, afinal, a importância dos conhecimentos científicos para a vida dos educandos? Quais aspectos devem ser enfatizados ao se ensinar Ciências Naturais? Quais as demandas da sociedade em decorrência do desenvolvimento científico e tecnológico? Como as pessoas e as escolas deveriam agir perante o amplo desenvolvimento da ciência e da técnica?
Considerando que a Ciência e a Tecnologia desempenham um papel muito importante na escola elementar, em 1983, a UNESCO elencou algumas justificativas para a inclusão desses temas nos currículos escolares.
• As ciências podem ajudar as crianças a pensar de maneira lógica sobre os fatos cotidianos e a resolver problemas práticos simples.
• As ciências, e suas aplicações tecnológicas, podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas. As ciências e a tecnologia são atividades socialmente úteis que esperamos sejam familiares às crianças.
• Dado que o mundo tende a orientar-se cada vez mais num sentido científico e tecnológico, é importante que os futuros cidadãos se preparem para viver nele.
• As ciências podem promover o desenvolvimento intelectual das crianças.
• As ciências podem ajudar positivamente as crianças em outras áreas, especialmente em linguagem e matemática.
• Numerosas crianças de muitos países deixam de estudar ao acabar a escola primária, sendo esta a única oportunidade de que dispõem para explorar seu ambiente de um modo lógico e sistemático.
• As ciências nas escolas primárias podem ser realmente divertidas “. (UNESCO apud HARLEN, 1994, p. 28-29, tradução minha, grifos meus).
Segundo FRACALANZA; AMARAL & GOUVEIA (1986):
“... o ensino de ciências no primeiro grau, entre outros aspectos, deve contribuir para o domínio das técnicas de leitura e escrita; permitir o aprendizado dos conceitos básicos das ciências naturais e da aplicação dos princípios aprendidos a situações práticas; possibilitar a compreensão das relações entre a ciência e a sociedade e dos mecanismos de produção e apropriação dos conhecimentos científicos e tecnológicos; garantir a transmissão e a sistematização dos saberes e da cultura regional e local” (p. 26-27).
As razões apontadas acima se contrapõem ao ensino livresco, memorístico, acrítico e a-histórico ministrado na maioria das escolas. Para mudar esta realidade, torna-se necessário desenvolver um ensino de Ciências que tenha como foco, nas Séries Iniciais de escolaridade, “a ação da criança, a sua participação ativa durante o processo de aquisição do conhecimento, a partir de desafiadoras atividades de aprendizagem”. (FRIZZO & MARIN, 1989, p. 14). FRACALANZA; AMARAL & GOUVEIA (1986) afirmam também que o ensino de Ciências, além dos conhecimentos, experiências e habilidades inerentes a esta matéria, deve desenvolver o pensamento lógico e a vivência de momentos de investigação, convergindo para o desenvolvimento das capacidades de observação, reflexão, criação, discriminação de valores, julgamento, comunicação, convívio, cooperação, decisão, ação, entendidos como sendo objetivos do processo educativo. Estas habilidades descritas são instrumentos de suma importância para a vida do educando pois, em muitas situações de sua existência, estas habilidades estarão presentes e, é em nível elementar que estas habilidades podem ser iniciadas, permitindo ao aluno discutir e analisar o conhecimento que está sendo construído.
O ensino de Ciências nas Séries Iniciais deverá propiciar a todos os cidadãos os conhecimentos e oportunidades de desenvolvimento de capacidades necessárias para se orientarem nesta sociedade complexa, compreendendo o que se passa à sua volta, tomando posição e intervindo na sua realidade.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Neila Guimarães. A saúde na sala de aula: uma análise nos livros didáticos. In: Cadernos CEDES: o cotidiano do livro didático, São Paulo: Cortez, n. 18, 1987.
BODMER, W. The public understanding of Science. London, 1986.
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997a.
CANIATO, Rodolpho. Com ciência na educação: ideário e prática de uma alternativa brasileira para o ensino de ciências. 3ª reimpressão, Campinas, SP: Papirus, 1997.
CARMO, José Manuel do. As ciências no ciclo preparatório: formação de professores para um ensino integrador das perspectivas da ciência, do indivíduo e da sociedade. In: Ler Educação, nº 5, maio/ago. 1991.
PRETTO, Nelson de Luca. A ciência nos livros didáticos, 2ª ed. Campinas: Editora da Unicamp/ Salvador: Editora da UFBa, 1995.

Ensino de Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO SOBRE A ATIVIDADE ORIENTADORA DE ENSINO

Anemari Roesler Luersen Vieira Lopes – UFSM

Introdução
Investigar o processo de ensino e aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental tem sido um dos desafios de pesquisadores da área da Educação Matemática. Embora já tenhamos um número considerável de produções sobre esse tema, os resultados referentes aos fracassos escolares em relação a Matemática parecem
indicar a necessidade de ampliarmos tais investigações do ponto de vista teórico e metodológico.
Motivados por esse contexto, estamos desenvolvendo uma pesquisa que toma por objeto a Atividade Orientadora de Ensino(AOE), proposta por Moura (1996a, 1996b, 2001) a partir da Teoria da Atividade de Leontiev (sd). Podemos encontrar diversos estudos relativamente recentes sobre a AOE, como Araújo (2003), Serrão (2006), Moretti (2007), Cedro (2008), Lopes (2009), entre outros. No entanto, em sua maioria, os mesmos se concentram na perspectiva da formação de professores. Nossas preocupações, ainda que também estejam relacionadas ao professor e sua ação docente, nessa investigação estão direcionadas à organização do ensino, visando a aprendizagem do aluno.
Assim, tendo como enfoque o ensino e a aprendizagem da Matemática nos anos iniciais e como fundamentação teórica a Teoria da Atividade, nossa pesquisa busca investigar as possíveis contribuições da Atividade Orientadora de Ensino na organização de atividades pedagógicas em Educação Matemática para os anos iniciais do Ensino Fundamental.

Referências Bibliográficas
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo.Trad. Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro.
Lisboa: Edições 70, 2002.
ARAUJO, Elaine Sampaio. Da formação e do formar-se: a atividade de aprendizagem
da docência em uma escola pública. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de
Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
CEDRO, Wellington Lima. O motivo e a atividade de aprendizagem do professor de
matemática: uma perspectiva histórico-cultural. Tese (Doutorado em Educação).
Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2008.
ENGESTROM, Yrjo. Learning by expanding: an activity-theoretical approach to
developmental research. Helsinki: Orienta-Konsultit, 1987.
FICHTNER, Bernard. Escola histórico-cultural e a teoria da atividade: a importância
na pedagogia moderna. Cadernos de Pesquisa – UFSM, 1996.
LEONTIEV Actividad, conciencia , personalidad. Habana, Cuba: Editorial Pueblo Y
Educación, 1983
LEOTIEV, Alexei N. O desenvolvimento do psiquismo. São Paulo: Moraes, s.d.
LOPES, Anemari R.L.V. Aprendizagem da docência em matemática: o Clube de
Matemática como espaço de formação inicial de professores. Passo Fundo: Editora
UPF, 2009.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ensino de Língua Portuguesa nos anos iniciais do Ensino Fundamental

O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: PROCESSOS DE APRENDIZAGEM EM SITUAÇÕES LÚDICAS.

MARTA MARIA SILVA DE FARIA WANDERLEY (UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - CAMPUS IX).
Esta comunicação trata da importância do lúdico no processo de ensino de Língua Portuguesa nas séries inicias, a partir de discussão de relato de experiência do curso de formação de professores: O Ensino da Língua Portuguesa nas Séries
Iniciais do Ensino Fundamental: processos de aprendizagem em situações lúdicas, promovido pela Universidade do Estado da Bahia – Campus IX – Barreiras–Ba, em parceria com a Prefeitura Municipal de Barreiras–Ba e com o Núcleo de Tecnologia Educacional. Partindo do princípio de que a preocupação com qualidade da educação, tanto em nível nacional quanto local é uma preocupação não somente dos profissionais envolvidos, mas da sociedade de modo geral, principalmente no que se refere à leitura e à escrita, nasceu a proposta de realização do referido projeto Consciente de que a concepção de “homo ludens” abarca a ludicidade como característica comum aos seres humanos, o lúdico é de suma importância para a vida humana e para o ensino da língua Portuguesa em especial. A formação trouxe como resultado a produção de projetos elaborados pelos próprios professores das séries inicias, interligando ludicidade e gêneros textuais no ensino de Língua Portuguesa. Acredita–se que o trabalho inovador, dinâmico e prazeroso nas séries iniciais, envolvendo as práticas sociais de leitura, através dos gêneros textuais e da ludicidade contribuirão para um ensino de qualidade. A partir desse trabalho, as crianças passaram a realizar as atividades que envolveram leitura e escrita com prazer e interesse, coisa que até então era considerada um enorme desafio para os professores. O lúdico, não é considerado aqui como método de ensino, mas como abordagem norteadora da prática docente, um facilitador do processo de aprendizagem da Língua Portuguesa. Enfim, pode–se afirmar que a ludicidade e os gêneros textuais possibilitam contextos favoráveis ao processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa.
REFERENCIAS
BRASIL.Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa: de 1ª a 4ª
série, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1997.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf Acesso:
02/01/2009
DOLZ J.; NOVERRAZ M.; SHENEUWLY, B. Seqüências didáticas para o oral e
a escrita: apresentação de um procedimento. In: DOLZ J.; SHENEUWLY, B.
Gêneros orais e escritos na escola. Trad. Roxane Rojo e Glaís Sales
Cordeiro. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens.São Paulo: Perspectiva, 2004.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In:
Dionísio Paiva, MACHADO, Anna Rachel, Bezerra, Maria Auxiliadora. Gêneros
Textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 19 – 36.
ROJO, Roxane. Letramentos Múltiplos, escola e inclusão social. .São
Paulo:Parábola Editorial, 2009.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Desta vez nosso blog foi eleito o terceiro melhor da região o que pra nós da Sala de Informática tem sabor de primeiro lugar. Demonstra que estamos cumprindo,de forma competente, a proposta desse blog que é estimular a interação entre a comunidade escolar.

Blogger na Educação

Aluna do curso de Pedagogia da Unipac 2010.

"A construção do conhecimento se faz através do diálogo"